Os melhores e os piores países conforme seus impostos sobre poluição de carbono
Quando você toma um pote inteiro de sorvete de uma só vez, pode sentir o efeito do exagero e, se tomar muitas vezes sem ir à academia, você o verá na sua cintura. É apenas a relação de causalidade, e é melhor não tentar lutar contra ela.
Sério, ela é boa porque age como uma forma natural de evitar que exageremos nas coisas boas. Quando se trata da poluição em nossa atmosfera, a relação de causalidade não é tão clara. Ao contrário de lidar com o efeito real de tomar sorvete demais, a emissão de carbono e outros poluentes, inicialmente, não tem uma relação de causalidade tão clara. Isso resultou em poluidores que exageram demais na gula e não estão percebendo as consequências!
Das calorias ao carbono
Um poluente específico do qual ouvimos falar constantemente: poluição de carbono (CO2). Desde usinas de carvão ao escapamento dos carros, emissões de carbono vêm de várias partes da nossa sociedade, mas com pouca consequência para os que lucram com elas, enquanto geram impactos na mudança climática. Ao tributarmos as emissões de carbono, mandamos uma mensagem clara às empresas de combustíveis fósseis, avisando que nosso clima não é para elas usarem para terem lucro.
Enquanto isso, as rendas obtidas podem ser usadas para investir em energias renováveis, desenvolvimento de comunidades ou como o governo considerar adequado. Todos ganham! Acreditamos no imposto sobre carbono e inclusive introduzimos nosso próprio imposto sobre carbono em nossa empresa.
Enquanto o imposto sobre a poluição de carbono é apenas uma forma de solução tributária, há outras formas de tributar o carbono, incluindo “limitar e negociar” o carbono (não entraremos em detalhes, mas você pode assistir a este vídeo incrível para entender melhor). No ano passado, vários esquemas para o imposto sobre carbono em todo o mundo foram avaliados em mais de US$ 50 bilhões!

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Seu país faz os poluidores pagarem?
Um relatório esclarecedor da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (Organization for Economic Cooperation and Development, OCDE) classificou 41 dos maiores países do mundo em termos de imposto sobre carbono e responsabilização dos poluidores. Como era de se esperar, alguns países estão se saindo melhor do que outros.
Um resumo dos países que fazem os poluidores pagarem:
Países Baixos
Os aficionados climáticos não se surpreenderão ao descobrir que os Países Baixos estão no topo da lista dos países com políticas climáticas ambiciosas. A um custo de € 54,63 por tonelada de CO2 emitido, eles detêm uma clara liderança global no imposto sobre carbono agressivo.
Escandinávia
Também não é surpresa que os países escandinavos estejam mantendo sua reputação progressiva. Desses, a Dinamarca está em primeiro, com um preço de carbono de € 47,4 por tonelada, a Noruega em segundo, com € 46,74, a Suécia em terceiro, com € 30,66, seguido pela Finlândia, com € 23,74.
Suíça
Não contente por produzir apenas chocolates excelentes, relógios de luxo e tenistas de primeira, a Suíça optou por uma abordagem igualmente competitiva na tributação sobre o carbono. A € 31,47 por tonelada de CO2, está no topo, com os mais influentes do mundo.
Canadá
Apesar do Canadá não estar tão bem para os padrões europeus, seu insignificante imposto sobre carbono de € 3,38 por tonelada ainda é quase cinco vezes maior do que o dos EUA. Entretanto, isso está para mudar com os planos de introduzir uma tributação nacional sobre o carbono até 2018. Ah, Canadá!
Ocupando os últimos lugares
Não há surpresa em descobrir que os dois maiores poluidores do mundo estão espreitando atrás do bando, esperando que ninguém perceba. Estamos de olho, EUA e China! Apesar de o país produzir 38% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, o imposto sobre carbono dos EUA está a um valor incrivelmente baixo de € 0,76 por tonelada, e a China, com uma situação ligeiramente menos lamentável, de € 1,55. Esses impostos não devem ser considerados como impostos sobre carbono apropriados, e sim como impostos para os consumidores que já estamos tão acostumados a pagar nos postos de gasolina.

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Se você tem, gaste!
Em todo o mundo, estamos caminhando rumo a economias que valorizam nosso ambiente e o ar limpo e saudável, e que fazem os poluidores pagarem. Em lugares fora da curva, há várias escolas de pensamento sobre como gastar as rendas do carbono. Na Colúmbia Britânica, no Canadá, que introduziu o imposto sobre carbono em 2008, os fundos vão para os cortes de impostos de renda e corporativos. Na Europa, a maior parte das rendas vai para o apoio de energias limpas e outras iniciativas mais favoráveis ao clima. Já na Califórnia, prospectiva como sempre, o dinheiro vai para programas que buscam reduzir as emissões de gases de efeito estufa, com a ressalva de que um quarto das rendas deve beneficiar comunidades desfavorecidas.
Pagando pela poluição
No que quer que gastemos as rendas, uma coisa é certa: não podemos continuar queimando carbono sem pensarmos em como isso destrói todos os benefícios de um ambiente saudável. Há uma dívida ecológica a ser paga e, mais cedo ou mais tarde, todos pagaremos!
Tributar as emissões é um passo na direção certa mas, a longo prazo, todos somos a favor de eliminá-las completamente! Junte-se a nós e vamos deixar nossa dependência em combustíveis fósseis virar história, exigindo que nossos líderes mundiais migrem 100% para as energias renováveis até 2050!