O QUE ACONTECE QUANDO PESSOAS NEGRAS E PERIFÉRICAS ADENTRAM ÀS UNIVERSIDADES


Por que este assunto é tão importante?

20 de novembro de 2021

 

No dia 20 de novembro é celebrada no Brasil a Consciência Negra, data dedicada à reflexão sobre a inserção do povo negro na sociedade brasileira. Foi escolhido esse dia, pois nessa data (em 1695) morreu Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes do movimento que lutou pela libertação do povo negro e contra o sistema escravista.

Ano passado, demos visibilidade à potência dos povos negros, listando várias obras produzidas por intelectuais pretos em diversas áreas da existência humana, como filosofia, psicologia e literatura. Entretanto, apesar de termos cada vez mais pessoas pretas produzindo conhecimento, a inserção dessas obras na sociedade brasileira, e em especial no âmbito da educação, ainda está muito atrasada!

 

Por que essas obras não ocupam o espaço de universidades e da academia?

Racismo epistemológico é um conjunto de práticas de depreciação dos saberes afro-ameríndios, através da recusa em reconhecer que a produção de conhecimento de algumas pessoas seja válida, devido a cor da pele do autor ou porque as pesquisas e resultados da produção de conhecimento envolvem repertório não ocidental.

Um passo importante para superar a o racismo e a injustiça dentro do contexto da educação no Brasil, é a inclusão dos acervos de metodologia afrocentrada e periférica nas escolas e universidades e uma maior representatividade no corpo docente.

 

MAS POR QUÊ?

Em Ben & Jerry’s, acreditamos que precisamos dar força e nos unir a este movimento, que provoca o empoderamento e a emancipação de um povo.

Ainda temos um caminho importante a percorrer para que o sujeito negro seja protagonista da sua própria narrativa, e não mais objeto de estudo.

 

Conheça alguns autores e obras que abordam de forma mais profunda esse tema!

Sueli Carneiro: filósofa, ativista e fundadora do Geledés. Precursora na discussão sobre o epistemicídio dentro das academias brasileiras.

“Nós produzimos uma forma de ciência que não foi capaz de coexistir harmonicamente.” 

 

Katiúscia Ribeiro: filósofa e doutoranda em filosofia Africana. Dedicada a ‘sulear’ os pensamentos e  modo de ver o Ser Humano, através de uma perspectiva afrocêntrica. O resgaste de uma ancestralidade de glória edifica as pessoas pretas que tem contato com seu saber.

“O apagamento do conhecimento africano é o alicerce do racismo, veio antes da bala e das correntes”

 

Larissa Amorim Borges: psicóloga, palestrante e consultora em promoção da igualdade étnico-racial e de gênero. Autora dos livros “Metodologia de pesquisa afrocentrada e periférica” e “Periferias do gênero”. Conheça suas obras.

 

Bora consumir mais obras produzidas pelos intelectuais pretos do Brasil e exigir sua visibilidade e uso nas universidades?

 

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